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Barrigas de aluguer e PMA.

por Claudia, em 13.05.16

Barrigas de aluguer - a primeira vez que me deparei com este conceito era miúda, e foi num filme que passou na televisão. A Mãe carregava o bebé da filha e do genro, pois esta não podia. Na altura achei aquilo um bocado estranho, mas principalmente altruísta e bonito! Os anos foram passando, fui lendo sobre o assunto (esta ou aquela famosa fizeram, mais filmes, artigos, etc) mas nunca lhe dei a devida importância. Hoje, enquanto mulher "em idade fértil", casada e com planos de constituir uma família a médio prazo, foi uma agradável surpresa descobrir que o projeto-lei do Bloco de Esquerda permitindo a maternidade de substituição, conhecida por "barrigas de aluguer", foi aprovado no Parlamento. Se um dia eu estiver impedida de ter filhos por problemas de saúde não sei se irei pedir à minha irmã para carregar os meus bebés, mas acho fantástico que essa hipótese exista e já seja uma realidade em algumas famílias, permitindo que os casais tenham filhos biológicos apesar da mãe não conseguir ficar grávida. Parece-me importante realçar que a lei especifica que isto é válido nos casos de ausência do útero, de lesão ou de doença que impeça de forma absoluta e definitiva a maternidade. Isto porque, e é a minha opinião, acho um pouco fútil que se recorra a uma barriga de aluguer só porque não se quer engordar ou estragar o corpo. Se uma mulher é egoísta a esse ponto, se calhar não está preparada para ser Mãe... Adicionalmente, foi também aprovado o projeto de lei para alargar o acesso à Procriação Medicamente Assistida (PMA) a mulheres solteiras ou em união de facto com outra mulher. E este é outro grande avanço. Mais uma vez na minha óptica, imaginemos que eu não tinha encontrado o B e chegava aos 30 ou 35 solteira. Era justo estar impedida de ter filhos e me concretizar plenamente como mulher só porque não encontrei o amor da minha vida, estando a tecnologia ao alcance de outras mulheres numa relação? Não me parece. E não acho que o facto de criar uma criança sozinha seja prejudicial para a mesma. O mesmo se aplica a crianças criadas por casais do mesmo sexo que, se podem adoptar, porque não recorrer à PMA? Sei que o tema é muito muito complexo, sei que há tantas crianças sem Pais e que se calhar devíamos tentar adoptá-las em vez de insistir em "meios artificiais" para ter filhos. Mas a verdade é que ter filhos é algo tão bonito e especial que, face ao avanço da ciência, me parece uma evolução natural e justa. Veremos os próximos capítulos, mas a meu ver é algo para celebrar e louvar.

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2 comentários

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De Maria Bem-me-Quer a 21.05.2016 às 10:46

Um mulher solteira pode recorrer á ciencia para ter filhos, mas um homem não.... Onde está o direito de igualdade de oportunidade nisso?!
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De Claudia a 23.05.2016 às 16:00

Sinceramente nunca tinha pensado nisso, sendo que a primeira questão que me ocorre é que um homem não tem útero. Avançando para a PMA e para a maternidade de substituição, de facto é um ponto válido. Actualmente efectivamente os homens só podem recorrer à adopção.

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