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Parou tudo.

por Claudia, em 30.10.14

"Let me be clear: I'm proud to be gay", até aqui tudo bem, peace and love, cada um sabe de si e da sua orientação sexual. Agora "and I consider being gay among the greatest gifts God has given me" estragou tudo. E isto seria verdade ainda que ele dissesse que being straight era um gift fantástico de Deus. Parem de tentar criar todo um glamour à volta de gays e lésbicas. Não, não são especiais, somos todos iguais, e sinceramente começo a acreditar piamente que a discriminação agora vem daqueles que se diziam discriminados. E acho mal, porque assim como há o direito de estar com alguém do mesmo género, não me venham impor que afinal assim é que é, ou que assado é melhor. Tim Cook desceste um bocado grande na minha consideração por isto. E não, não é por seres gay, só tonto.


20 comentários

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De Miss_Moi a 30.10.2014 às 15:33

Não tenho nada contra gays, acho que cada um sabe de si. O que me irrita é toda esta histeria em torno da homossexualidade. Nunca percebi por que raio se faz aquele desfile do orgulho gay. Não faz sentido. Não és melhor (nem pior) do que os outros só por dormires com alguém do mesmo sexo.

Quanto a: "and I consider being gay among the greatest gifts God has given me" é apenas uma parvoíce de quem acabou de sair do armário.
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De Claudia a 30.10.2014 às 16:40

Uma frase infeliz mesmo.
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De Meio Palmo a 30.10.2014 às 15:54

Concordo perfeitamente. Caiu-se no ridículo e no exagero!
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De Sónia de blogsemnome a 30.10.2014 às 16:06

Pensei precisamente o mesmo quando li o artigo. Não tenho nada contra a orientação sexual de cada um...estragam tudo quando acham que é melhor do que a dos outros.
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De Claudia a 30.10.2014 às 16:38

Exactamente!
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De Sofia Costa a 30.10.2014 às 16:35

É mesmo verdade, esqueceram-se da moda do racismo para agora a nova moda é ser-se gay ou não. Acho até que virou moda assumirem-se como gays ou lésbicas para melhor serem aceites. Pergunto, será que são mesmo?? ou será que é para fazer boa figura?
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De Claudia a 30.10.2014 às 16:55

Não quero acreditar nisso, mas a verdade é que hoje em dia quase se incentiva, e isso é que me tira do sério. Um não é melhor que o outro. Ajam com naturalidade.
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De Carolina a 30.10.2014 às 16:51

Não sei o contexto da frase, mas não me pareceu que ele quisesse dizer que ser homossexual é melhor do que ser hetero, pareceu-me apenas que quis dizer que considera que foi a melhor coisa que Deus lhe poderia ter dado.
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De Carolina a 30.10.2014 às 16:52

faltou-me isto: apesar de eu achar a frase ridícula, não achei que tivesse tido intenção alguma. Mas ainda não li o artigo, por isso posso estar errada!
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De Claudia a 30.10.2014 às 16:58

Concordo que se calhar até nem quis dizer isso, mas dizer que é uma dádiva implica que é algo bom, quando não é bom nem mau, é o que é! Ele assumiu-se numa carta publicada hoje na revista Businessweek - http://www.businessweek.com/articles/2014-10-30/tim-cook-im-proud-to-be-gay
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De nice a 30.10.2014 às 23:05

Desde quando é que ser gay não se pode considerar uma coisa boa? As pessoas podem gostar daquilo que são e dizer isso ao mundo, não? Se eu disser que tenho orgulho em ser mulher, estou a elevar-me em relação aos homens? Estou a dizer que os homens são piores que as mulheres? Não me parece. O homem é gay e gosta de ser gay, não está a dizer em lado nenhum que ser gay é melhor que ser hetero.
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De Odisseia na Internet a 30.10.2014 às 17:18

Esse glamour à volta dos maricas e das fufas é um movimento pós-moderno, urbano, decadente, patético.
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De Marco Neves a 30.10.2014 às 23:55

"Pós-moderno"? Nem por isso: vem no seguimento do liberalismo na área dos costumes, que já vem do século XIX. "Urbano"? Sim, sem dúvida. A tolerância sempre foi uma característica das cidades. "Decadente"? Tendo em conta a tendência para estilos de vida mais tradicionais (casamento, etc.), o movimento gay tem perdido o aspecto estético decadentista, que de qualquer forma sempre foi apenas duma franja marginal. "Patético"? Enfim...

Na realidade, num mundo em que ainda há quem possa ser condenado à morte por ser gay o glamour é apenas aparência. Sim, os gays urbanos dos países ocidentais podem ter algum glamour. No resto do mundo, continuam a ser perseguidos e atacados diariamente.
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De Pedro a 30.10.2014 às 18:58

Boa tarde,

Depois de ler o texto todo, a leitura que eu faço é de alguém que, com muita humildade, está a tentar dizer que ser diferente não deve ser motivo de vergonha para ninguém. Uma atitude louvável, quando se está numa posição tão confortável como a dele, CEO de uma das empresas mais conhecidas do mundo, e nada o obriga a vir falar de um aspeto da sua vida privada.

A realidade é que hoje muitos ainda têm vergonha de assumir a sua orientação sexual e mudar isso envolve ouvir daqueles que já passaram por isso e souberam encontrar o seu lugar no mundo. Talvez daqui a 100 anos ser gay seja como ter uma cor de cabelo diferente, mas hoje, esse pequeno facto ainda serve de pretexto para se ser humilhado e gozado (para não falar nos sítios no mundo onde ainda se pode ser perseguido e preso por isso).

É nesse contexto que leio a "dádiva" que Cook refere. Não me parece que seja uma tentativa de glamorizar a sua sexualidade. Ao invés de se sentir limitado por algo que alguns ainda dizem ser motivo de vergonha, ele diz-se grato por ser quem é (gay e muitas mais coisas, como ele próprio refere). No fundo, limita-se a dizer aquilo que todos nós devíamos sentir quando nos fazem duvidar de nós próprios.
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De Claudia a 30.10.2014 às 20:30

Sim, é uma perspectiva, e de facto não há nada para se envergonhar. Contudo considero a frase infeliz, e talvez não seja esse o sentido que ele lhe dá, mas vem no seguimento de muitas atitudes que se têm visto noutros lados. Penso que está na altura de dar menos importância ao tema, e acho que as novas gerações já são muito mais abertas do que gerações anteriores. Não vejo que haja necessidade de esclarecer que se é gay, hetero ou bi, muito menos classificar isto de dádiva.
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De Marco Neves a 30.10.2014 às 23:49

Quando ainda é proibido é criminalizado em muitos pontos do mundo, este "sair do armário" é de louvar. Quando à dádiva de Deus, é apenas algo típico do discurso público norte-americano. Quer dizer apenas que ele gosta de ser quem é.
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De Ana CB a 01.11.2014 às 15:39

Aplaudo o Tim Cook pela atitude que teve e pela sua "cruzada" mas parece-me que também não precisa de exagerar. Ok, é americano, e já sabemos que eles gostam destas coisas assim grandiloquentes, mas dizer que tem orgulho em ser homossexual parece-me um bocado descabido, e tão preconceituoso como alguém dizer que tem orgulho em ser heterossexual. Eu até percebo as motivações do senhor mas... desde quando é que a orientação sexual de cada um é ou deixa de ser motivo de orgulho? Que se tenha orgulho em fazer um bom trabalho, atingir um objectivo difícil, ser uma pessoa boa ou ajudar os outros, eu acho óptimo. Agora ter orgulho em gostar de homens ou de mulheres? Afirmar que se tem "orgulho" em ser qualquer coisa que não tem a ver com actos mas sim com uma característica pessoal é um bocado disparatado. É como se eu dissesse que tenho muito orgulho em ter olhos verdes, ou em gostar da cor azul. Ao parecer ser anti-preconceito, Tim Cook está a ser igualmente preconceituoso. E preconceitos deste e de outros géneros fazem-me comichão... O preconceito só desaparece quando a igualdade for efectiva, e partir de uma posição de desigualdade não me parece um bom princípio - é apenas mais uma forma de perpetuar os preconceitos sociais. Como disseste acima, há que agir com naturalidade em relação a algo que é natural. (E não, não sou anti-gay nem nada que se pareça.)
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De Planeta Cultural a 02.11.2014 às 15:34

"sinceramente começo a acreditar piamente que a discriminação agora vem daqueles que se diziam discriminados"


Pois é, esta frase, quer queiramos ou não, tem todo o sentido de o ser, o que é de lamentar!

Comentário proferido por http://planetacultural.blogs.sapo.pt/

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