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Peripécias e anotações do meu dia-a-dia. Haja alegria! (e família/ amigos, bons petiscos e viagens pelo meio, já agora...)
Sempre achei que o não grego seria um tiro no pé, mas nunca essa noção se tornou tão evidente como depois de ler este artigo. Só posso acreditar que quem votou não não tinha noção da realidade. A escassez de medicamentos essenciais, de comida, de gasolina, de praticamente tudo aquilo de que precisamos no dia a dia, e, muito provavelmente (aliás certo, diria eu), a tremenda insegurança que se criará nas ruas. Vermos, de um dia para o outro, o estilo de vida a que estamos habituados ser-nos arrancado, voltarmos quase às cavernas, quando nem sequer sabemos acender uma fogueira. E ainda assim, perante tal cenário, ver os idiotas gregos a celebrarem a vitória do não nas ruas deixou-me estupefacta. É assustador constatar o quão limitativa é a ignorância humana. E é ainda mais assustador perceber o quão frágil é o mundo em que vivemos, o quão dependentes estamos de terceiros e realizar que, afinal, o "nosso" dinheiro no banco não está assim tão seguro... Muito medo do que aí vem.
Numa nota mais leve, imaginem a cara dos turistas no momento em que perceberam que os cartões de crédito já não funcionavam na Grécia...
*Actualização - outra visão interessante.
Os acontecimentos recentes, primeiro com o caso BES e agora com a Grécia que culminou com um feriado bancário, têm-me provocado verdadeiros arrepios na espinha. Uma pessoa trabalha que nem um cão (nunca percebi esta expressão, até porque a minha cadela tem uma vida de rainha, mas vocês percebem o que quero dizer, trabalhar horas e horas a fios 5, às vezes 6 ou 7, dias por semana!), para ver o seu salário depositado todos os meses, tentando acumular a melhor poupança que consegue para um futuro melhor, seu e dos filhos, netos, às vezes mesmo pais, e de repente perde tudo ou vê-lhe ser negado o direito de levantar o SEU dinheiro. Mas quem é que volta a confiar no sistema bancário depois disto? E o pior é que guardar o dinheiro debaixo do colchão não é solução, porque os malditos ladrões parece que adivinham, e cada vez é mais comum ouvir-se que as casas de A ou B foram assaltadas e levaram todo o dinheiro e jóias de família. Mas que sociedade é esta, para onde caminhamos nós? Muito medo do que nos espera. Seja em euros, dracmas ou escudos, que Deus nos ajude!