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Peripécias e anotações do meu dia-a-dia. Haja alegria! (e família/ amigos, bons petiscos e viagens pelo meio, já agora...)
No primeiro dia no condomínio novo (em Janeiro já) encontrámos uma portuguesa no elevador e metemos conversa. Reparei logo que não estava para aí virada e não se alongou muito na conversa. Coincidência das coincidências mora no nosso piso. Cruzamo-nos quase todas as manhãs a sair para o trabalho, à hora do almoço (muitas vezes a chegar e a sair) e, às vezes, quando regressamos a casa ao final do dia. Ao fim-de-semana é ainda possível vermo-nos na piscina. Ao início ainda tentava puxar conversa, a porta do elevador que não estava boa, as obras do outro lado, eu sei lá. Ao fim de 10 meses já percebi que não vale a pena. E lá subimos ou descemos o elevador as duas, naquele silêncio desconfortável, eu olho para ela de soslaio, ela olha para mim, mas nada. Só bom dia, boa tarde, bom almoço, e ela quase parece estranhar a minha simpatia (ou boa educação, diria eu!). Para mim é de facto estranho, especialmente porque estamos longe de casa, temos a mesma idade (ou muito próxima) e mais uma cara conhecida aqui sabe bem. Mas, se calhar, a estranha sou eu. Em Portugal, conheço os vizinhos dos meus pais, e mesmo no meu prédio conheço as pessoas, cumprimentamo-nos, se falta o açúcar emprestamos uns aos outros, o sr. do café recebe as minhas encomendas quando não estou em casa, eu sei lá. Saudades de casa!